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Mostrando postagens com o rótulo larp

Currículo Larps

Participantes : entre 3 e 6. Duração : 3:30 (30 minutos de preparação+2 horas de jogo+30 minutos de coffee break) 1. Prelúdio Personagens Os participantes se sentam em círculo. Começando pelo de maior titulação (ou titulação mais antiga no caso de empate), cada participante cria um nome (plausível) para o jogador seguinte na escala de titulação. Pesquisem o nome criado na plataforma Lattes , filtrando para que apareçam apenas doutores. O primeiro resultado referente a alguém com a titulação de doutorado será utilizado como personagem. Caso nenhum nome apareça como resultado, um novo nome deverá ser criado e o processo deverá ser reiniciado. Repita o procedimento até que todos os participantes estejam com personagens. Reservem um tempo para que cada um estude o currículo de seu personagem. IMPORTANTE: embora as pessoas que constam na Plataforma Lattes sejam reais, as personagens inspiradas nelas não são. Caso considerem ofensivo, utilizem apenas o currículo como referência, alterando o

Falha Trágica!

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  No dia 30 de abril, durante o [FLO] rolou uma sessão de Falha Trágica! , laog desenvolvido pela Coral Amarelo .  Com três participantes, nos revezamos entre o Google Meet e o WhatsApp, na dinâmica proposta pelo jogo - um grupo de criminosos é contratado por uma figura misteriosa para executar um crime. O jogo é dividido em três atos. No primeiro, os participantes se reúnem numa videoconferência, para que se conheçam e discutam (de fato, criem colaborativamente) detalhes sobre o crime. No nosso caso, um assalto de cofre em uma casa de condomínio, a ser realizado por um "piloto de fuga", um "chaveiro" e um "sorrateiro". No segundo ato, cada um dos participantes envia uma mensagem para outro, compartilhando um segredo. No nosso caso, soubemos (de fato, cada um inventou uma "verdade") que: "A casa na verdade é de um figurão, irmão do governador"; "Na verdade, a questão não é um assalto, e sim 'passar uma mensagem': barbariza

L@rp - interlúdi(c)o de larps e laogs

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Entre os dias 27 de abril e 1º de maio de 2021, aconteceu o [FLO] - Festival de Larp Online . Foram dez jogos, diversos como o larp pode ser. Participaram como hosts André Sarturi, Christian Martins, Cauê Martins, Luiz Prado, Rafael Carneiro Vasques, eu, Eduardo Caetano, Leandro Godoy e Tiago Junges.  Uma das grandes provocações, evocada pelo contexto de pandemia e subsequente orientação ao distanciamento físico, foi como pensar essa arte do encontro mediada por telas. A programação não foi composta especificamente por laogs - ou seja, jogos pensados para serem executados online. Embora alguns desses tenham ocorrido, outros foram larps adaptados para a aplicação à distância.  Um dos sabores que o FLO deixou na boca é a oportunidade de se pensar no futuro em larps, pensados para um ambiente no qual as pessoas possam se abraçar, mas que também contemplem a possibilidade de pessoas geograficamente distantes participarem. Nem larps nem laogs, mas talvez l@rps.   

O Enigma do Imperador Todaparte e a cidade que sumiu

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FONTE: Ilustração de Pedro Indio Negro Um larp infantil. Um larp infantil? Uma afirmação, e ao mesmo tempo uma pergunta sincera.  No aspecto afirmativo, a produção da Confraria das Ideias apresenta ao público infantil do SESC Paulista a narrativa de um imperador que miniaturiza e coleciona monumentos históricos. Em sua passagem por São Paulo, um jornalista pede ajuda para as crianças para enfrentar os desafios apresentados pela corte de Todaparte para que possam recuperar os monumentos. O valor social se apresenta de maneira clara e sem rebuscamentos: mostrar para as crianças monumentos como o MASP, o Teatro Municipal, a Estação da Luz  e o Memorial da América Latina. Ao mesmo tempo, colocar em questão o direito de posse do Imperador sobre tais monumentos. Mais ainda, colocar as crianças diante de testes de ordem intelectual, motora e perceptiva. Tudo isso regado a doses amplas de humor. Num campo mais abstrato, evoca a utilização do espaço público, uma vez que a ativid

Tribuna de Orates

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É curioso como a própria apresentação da Tribuna de Orates dialoga com o larp em si: em meio a Virada Cultural  paulistana (em 2019, realizada entre os dias 18 e 19 de maio), ocorre a Fantástica Jornada Noite Adentro , promovida pela Biblioteca Pública Viriato Corrêa  (especializada em literatura fantástica), que por sua vez, nos últimos 10 anos, tem uma parceria com a Confraria das Ideias . De maneira similar, Tribuna de Orates também possui essa multiplicidade de camadas. Anunciado como "um larp inspirado em O Alienista  de Machado de Assis", a noção de que o tema da loucura iria permear a madrugada dos participantes era patente. Foi assim que fui para lá. Ao chegar e me reunir com o total de 34 participantes (29 jogadores e 5 organizadores), tive o prazer de descobrir, mais uma vez, o esmero com o qual a Confraria prepara seus larps. Logo no briefing , mais uma camada se manifestou: como não associar os vereadores da fictícia Alogópolis, situada em algum lugar do Br

A Última Noite

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FONTE: Imagem de divulgação utilizada pela Confraria das Ideias. A Última Noite foi o larp proposto pela Confraria das Ideias no 12º Encontro de RPG do CCJ , evento coordenado pela própria ONG. Na madrugada do dia 23 para o dia 24 de Fevereiro de 2019, tive a oportunidade de participar de uma de suas duas execuções. "Uma estação antiga encontrada por acaso. A ilustre rádio Momento estaria ainda funcionando, mesmo após o grande incêndio que a consumiu em 1961? Uma viagem. No tempo. Para a alma. Com o coração. Afinal, o show não pode parar! A Confraria das Ideias apresenta seu novo larp, "A Última Noite", onde pretende levar os participantes a vivenciar uma experiência de emoções intensas, reencontros e nostalgia." Sob essa proposta, participei de um total de 24 envolvidos (entre os 20 jogadores, nos quais estava inserido, e os 4 anfitriões) na jornada rumo à última noite da rádio Momento. Os jogadores foram divididos em 2 grupos com o mesmo número de pers

Expresso Dragão Neon

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FONTE: Evento do Facebook Primeiro larp de 2019, logo no dia 12 de janeiro. A Confraria das Ideias , no mês de comemoração dos seus 20 anos, propôs duas aplicações do larp Expresso Dragão Neon no SESC Vila Marina. Tive a oportunidade de participar da primeira sessão (que contou com um total de 7 participantes + 4 integrantes da Confraria na organização), e perambulei pelo local até o início da segunda sessão (que visivelmente viria a contar com mais participantes, beirando os 20). A temática cyberpunk coloriu o larp, e já nos primeiros instantes da preparação o que me chamou a atenção era a onipresença de elementos cênicos com LED. A partir disso, como não pensar que nossas projeções para o futuro são interpretações do presente. Expresso Dragão Neon , se pensado pelos adolescentes e/ou jovens adultos de hoje, provavelmente seria Expresso Dragão LED . Mais do que isso, como brinquei com os organizadores, talvez nem mesmo o cyberpunk teria seu espaço se fosse pensado nos ano

Andarilho + Prima Vennero

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No dia 15/12, tive a oportunidade de participar de dois larps na cidade de São Paulo. FONTE: Luiz Prado O primeiro deles, Andarilho (partitura disponível aqui ), é um larp de autoria de Luiz Prado. Para além da influência tarkovskyana , minha mais relevante reflexão sobre esse larp é a ocupação e ressignificação do espaço urbano. Um herdeiro do  flâneur benjaminiano e da dérive situacionista, a leitura da partitura, em 2017, já havia me despertado a relação teórica com um artigo do Paulo Celso da Silva que tenho muita admiração que discute a observação como método . Vagar, derivar e/ou perambular pelo espaço urbano, desnaturalizando tudo aquilo que lidamos cotidianamente de maneira tão inconsciente, tal como o trânsito, o comportamento das pessoas, as construções, entre tantas outras coisas, implica reflexão, no lugar da onipresente repetição. E, como postula o artigo do Paulo Celso, "o observador não quer repetição. Quer reflexão". Para além de descrever q

Manifesto do Jeitinho Brasileiro

MANIFESTO DO JEITINHO BRASILEIRO Da aurora de nossas experimentações com o larp, nós, enquanto brasileiros, já nos deparamos com algo que fazia valer nossa cultura sobre as imposições cristalizadas em um manual de regras. Se Leis da Noite, o primeiro “manual” de larp que chegava no Brasil, já previa a regra do “não tocar”, nos víamos diante de um celeuma. E o jeito, já nos primórdios do larp praticado nessas terras, foi usar o famoso “jeitinho brasileiro”. Pelo jeitinho brasileiro, nos manifestamos: Jogar é Tocar. Não somos estadunidenses. Isso é importante evidenciar. Nossas culturas são diferentes. Aqui, nós nos abraçamos, damos beijos no rosto (um, dois ou até três!) quando conhecemos alguém, pegamos nas mãos uns dos outros, colocamos a mão sobre o ombro de alguém quando queremos dizer algo importante, esbarramos uns nos outros nos transportes coletivos lotados. Nossa “bolha” é muito menor. Portanto, é estranho que não possamos nos tocar durante os larps. A premissa de que

O Magnífico nos céus do amanhã

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No dia 8 de Julho, tive a oportunidade de participar do larp "O Magnífico nos céus do amanhã", que ocorreu no SESC 24 de Maio, promovido pela Confraria das Ideias . Fonte: Daily Mail . O larp, que já foi executado anteriormente (vídeo de execução anterior disponível aqui ), fez parte de uma programação temática da unidade 24 de Maio do SESC sobre Steampunk . A trama envolveu a tripulação e os passageiros da viagem inaugural de um dirigível (O Magnífico) em 1889. O modelo adotado pela Confraria para a participação foi um ponto interessante: um misto entre inscrições antecipadas (em grande parte difundidas pelo evento no Facebook ) e inscrições no dia do evento. Isso permitiu tanto participações que exigiam algum tipo de programação por parte dos jogadores (como é o meu caso, já que envolve o deslocamento entre cidades) quanto participações do público espontâneo que transitava pela unidade do SESC no dia do evento. No total, 25 pessoas participaram do larp: 20 in

Seis larps e uma provocação

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Sob o impactante título "Seis larps e uma provocação: uma estadia na antessala do inferno", o SESC 24 de Maio trouxe uma maratona de mais de 13 horas de larp durante a Virada Cultural 2018. Foram (como o título sugere), 6 larps, todos de autoria de Luiz Prado . FONTE: Cartaz elaborado para divulgação do evento. Minha participação aconteceu de uma maneira inédita para mim: a convite do Luiz Prado, criei uma ambientação sonora durante os larps. As ações dos participantes serviam de estímulo para que eu, com o auxílio do teclado e de uma mesa de som, criasse a ambientação espontaneamente. Foi uma forma surpreendente de participar pois, ao mesmo tempo em que observava atentamente aos larps, "jogava" junto, criando estímulos sonoros.  Como essa postagem trás o relato de seis diferentes larps, mas que se comunicam entre si (como o cartaz já adverte trazendo os eixos JOGO - MEMÓRIA - IMERSÃO) pela temática da "despedida", opto por trazer a sinopse

A conspiração de Hades

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FONTE: Imagem utilizada na capa do  Evento do larp no Facebook . No dia 21/01, tive a oportunidade de participar do larp "A Conspiração de Hades", proposto pela Confraria das Ideias ( site , blog & Facebook ). Fui, ao mesmo tempo, iniciado em duas atividades que nunca havia me envolvido: a de "NPC" e a participação num larp infantil. O larp faz parte da programação de verão do SESC Pompeia , que tem por tema a mitologia grega. Destinado a crianças de até 12 anos, envolveu uma caça ao tesouro, com as crianças buscando pistas pela unidade do SESC com o intuito de conseguirem ajuda de diversas entidades mitológicas para derrotar Hades, que havia aberto a Caixa de Pandora e incriminado a humanidade. A partir dessa proposta, a função dos adultos escalados pela Confraria era a de serem as entidades mitológicas em questão ( Hades ,  Hermes , Pitonisa , Sereia , Ariadne , Medusa , Ícaro e Caronte ). Enquanto as crianças não recebiam personagens (embora r

O Manifesto do Larp Local

O Manifesto do Larp Local Postado em 10 de abril de 2017 por Lizzie Stark* Hoje, plantamos nossas bandeiras para nossas cenas locais e livres de pesticidas, orgânicas, de comércio justo, verdejantes e sem crueldade. Abordaremos nos comentários as partes deste manifesto que provavelmente o enfureceram. Resolvido: As comunidades locais de larp devem ser apenas isso - locais. Isso não impede que você alcance, abrace visitantes, faça trocas de jogadores ou participe de eventos distantes quando lhe convier. Pequenas comunidades são viveiros de inovação. Muitos jogos legais saem de pequenas comunidades. Larp local é ambientalmente amigável. Ou mais amigável, pelo menos. Esperemos que isso não seja controverso. Eventos pequenos, curtos e baratos tornam o larp acessível a uma gama mais ampla de pessoas. Eventos grandes, longos, caros e menos acessíveis não são o inimigo; esta é apenas uma verdade logística. Todo o ecossistema do larp apoia-se a si próprio: alguém que co